Falta mês no final do seu dinheiro? Ainda não conseguiu quitar aquela dívida que tanto te tira o sono? Quer reformar a casa e não tem reservas para isso? E sobre aquela tão sonhada viagem que não passa de desejo sem previsão de realização? Essas e outras situações são tão comuns na vida de nós brasileiros que quase chegamos a encará-las como sendo normais. Mas não são. A organização das finanças pessoais representa um ponto fundamental na vida de todos nós. Dificuldades financeiras afetam diretamente o aspecto emocional e a produtividade no trabalho, além de acarretar instabilidade no ambiente familiar e demais relacionamentos. Muitos acreditam que basta ter dinheiro para que todos os problemas se resolvam. Na verdade, isso é consequência, não causa.
Alguma vez você já se perguntou como alguém que ganha bem menos que você consegue ter uma vida financeira bem mais equilibrada, com melhores opções de consumo, sempre faz compras à vista e nunca fica endividado? Eu já, muitas vezes. Hoje eu tenho a resposta, essas pessoas planejam suas finanças, são chamadas de adultos financeiros, são pessoas responsáveis pelas suas escolhas financeiras: gastar ou não gastar, investir em qual produto, etc. Toma suas decisões financeiras de modo consciente, entendendo os riscos e as consequências que estas decisões terão no curto, médio e longo prazo.
Organizar as finanças representa o primeiro passo em direção à concretização de sonhos e projetos. A partir de iniciativas implementadas no dia-a-dia, qualquer pessoa pode obter equilíbrio financeiro e se transformar em um investidor.
Vamos dar os primeiros passos?
Seguem algumas dicas bem importantes para começar:
1 Saiba quanto você ganha e quanto gasta no mês
Monte uma planilha com despesas fixas, dívidas, pagamentos, gastos eventuais. Como não temos como andar sempre com uma planilha, é interessante ter sempre em mãos um caderninho para anotar o que vai gastando. Insira também todas as suas receitas, tais como salário, recebimento de aluguéis, ganhos eventuais etc. Monte seu orçamento mensal, adequando os gastos às receitas. O ideal é que sempre haja sobra de 10% a 20%.
Dica: A planilha que eu uso é a da Bovespa, ela é bem completa e você pode adaptá-la sempre que quiser e for mais conveniente. (http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/educacional/educacao-financeira/planilha-de-orcamento/).
2 – Defina suas prioridades
Caso o orçamento esteja em desequilíbrio – gasta mais que ganha –, o caminho é reduzir imediatamente as despesas. Defina prioridades e elimine o que não é essencial. Esse período de ajuste requer disciplina. Lembre-se que ele é necessário, porém provisório. Idas ao restaurante, passeios, viagens ou compras supérfluas podem esperar até que o equilíbrio financeiro seja retomado.
3 – Descubra como usar o dinheiro e não ser usado por ele.
Uma vez me disseram que o difícil não é ganhar o dinheiro e sim gastá-lo de maneira eficiente. Existe uma grande diferença entre as duas situações. A maioria das pessoas só se preocupam em como ganhar o dinheiro, de fato a educação financeira não é cultura do nosso país. Portanto, cabe a cada um ler, estudar, buscar informação sobre finanças, pois neste caso é melhor aprender com os erros dos outros que com os nossos. Há diversos livros, revistas, jornais e sites que traduzem o “economês” para a linguagem do dia-a-dia.
4 – Estabeleça objetivos financeiros
Determine um valor, um prazo e um objetivo financeiro a ser atingido. Organize-se de forma a criar as condições para que a meta seja cumprida. Exemplo: comprar um carro no valor de R$ 30 mil, dentro de dois anos. Analise seu orçamento e veja como reorganizá-lo de forma a adquirir o automóvel no prazo estabelecido.
5 – Disciplina é essencial
Nenhuma das dicas anteriores funcionará, se a pessoa não tiver disciplina para organizar as suas finanças. Seguir o planejamento traçado é fundamental. As tentações do consumo surgem a todo instante e é preciso se manter permanentemente focado no objetivo financeiro.
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