Um médico cubano de 52 anos foi encontrado morto, nesta segunda-feira (31), no quarto de um dos hotéis mais tradicionais de Brasília. O corpo foi achado por volta das 14h15. A principal hipótese é que tenha ocorrido um suicídio.
De acordo com informações do hotel, ele deu entrada com um grupo de médicos e estava hospedado há vários dias. A Polícia Civil do Distrito Federal já realizou perícia no local e investiga o caso.
O profissional estava inscrito no programa Mais Médicos do governo federal. Segundo informações do Ministério da Saúde, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) vai providenciar o traslado do corpo.
A entidade é responsável pelo contrato dos médicos cubanos que decidem trabalhar no Brasil por meio do programa do governo.
Relembre
No início de fevereiro, uma polêmica envolvendo médicos cubanos do programa trouxe à tona o debate sobre as condições de trabalho e o contratos do profissionais com a Opas.
A médica cubana Ramona Rodriguez deixou o programa Mais Médicos alegando baixa remuneração, principalmente quando comparada ao valor que o Ministério da Saúde repassa para médicos brasileiros.
O Ministério da Saúde repassa R$ 10 mil aos médicos do programa. Mas, segundo Ramona, os recrutados por meio do acordo de cooperação com Cuba recebem o equivalente a US$ 400. O restante dos recursos fica com governo cubano.
A médica foi a primeira cubana a abandonar o Mais Médicos que não retornou para Cuba. Na época, ela pediu abrigo na liderança do DEM e entrou com uma ação trabalhista por danos morais de R$ 149 mil contra o governo federal.
Do R7, em Brasília
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