Quando os proprietários de hotéis de selva na Amazônia começavam a respirar aliviados porque o fantasma do vírus da zika deixou de espantar turistas estrangeiros em massa, o noticiário internacional levou as cenas de florestas queimadas às telas de seus principais clientes. De acordo com Ricardo Pedroso, presidente da Amazonas Cluster de Turismo — uma associação local que reúne 13 hotéis—, nos últimos dias, os pedidos para cancelar reservas começaram a chegar.
Pedroso relata ter recebido nesta sexta-feira (23) a ligação de uma turista espanhola que, mesmo já tendo desembarcado em Manaus, estava com medo de chegar ao hotel reservado.
Caio Fonseca, sócio do Juma Amazon Lodge, afirma que foi procurado por operadoras de turismo estrangeiras perguntando se seu hotel teria sido prejudicado pelo incêndio. Segundo ele, as queimadas são comuns durante o período de seca, mas a repercussão das declarações do presidente Bolsonaro amplificaram o problema.
Para David Israel, diretor-presidente do Amazon Ecopark, o problema vai passar junto com o período de seca.”Alguns podem até vir pensando ‘Vamos logo, antes que acabem com a Amazônia’”, diz o hoteleiro.
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