A cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda de forró Calcinha Preta, está em coma profundo e apresenta o mais baixo grau da escala que monitora essa condição clínica. A informação foi passada pelos médicos que vêm tratando a artista, em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (22).
Os profissionais de saúde também negaram que o quadro seja irreversível e admitiram que investigam a possibilidade da cantora ter sofrido alguma intoxicação medicamentosa.
— Ela chegou em coma, continua em coma, coma profundo. A pergunta que nos fazemos dia a dia é quais as etiologias que justificam ela estar na Escala de Glasgow 3, que é a mais baixa que se pode ter. Algumas hipóteses conseguimos excluir, como uma bactéria na cabeça. Isso é falso, não conseguimos isolar qualquer microorganismo que tenha causado esse dano renal, dano hepático e por último lesão cerebral. Essa foi a sucessão de eventos — afirmou o neurologista Marcos Aurélio Alves.
A escala de Glasgow varia de 3 a 15. Normalmente o paciente é intubado quando atinge o grau 8.
Os médicos negaram qualquer evidência de morte encefálica. Os profissionais de saúde também descartaram que o quadro de saúde de Paulinha Abelha seja irreversível.
— Não existe o conceito de irreversibilidade ainda — disse o neurologista.
Os médicos foram questionados sobre os tratamentos para emagrecer feitos por Paulinha Abelha, sobretudo com uso de diuréticos. De acordo com os profissionais de saúde, a cantora usava os medicamentos com supervisão especializada.
O diretor técnico do hospital, Ricardo Leite, explicou que foram feitos exames de imagens e nenhum deles apresentou lesões crônicas. O médico admitiu que o uso de emagrecedores em abuso realmente pode oferecer risco, “mas não parece que foi isso que aconteceu”.
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