A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou nesta quarta-feira de Cinzas (26) que investiga três, e não apenas um, possíveis casos suspeitos de Covid-19 no Rio Grande do Norte. A doença é causada pelo novo coronavírus.
Mais cedo, o Agora RN noticiou que uma idosa vinda da Itália com sintomas gripais deu entrada no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, na tarde desta quarta-feira. A informação foi confirmada pelo diretor do hospital, o médico infectologista André Prudente.
Amostras de sangue da paciente foram recolhidas e serão submetidas a exames laboratoriais. De acordo com a Sesap, os resultados preliminares devem ser divulgados em até 24 horas.
Por enquanto, não há informações sobre os outros dois casos suspeitos.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da doença no País. Trata-se de um paciente de 61 anos, morador de São Paulo (SP), que viajou à Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Além dele, havia no fim da manhã outros 20 casos em investigação e 59 suspeitas já foram descartadas.
A Itália tem registrado um surto da doença desde o fim da semana passada, com 374 casos confirmados e 12 mortes. 
Histórico
Este é o segundo caso suspeito de coronavírus em investigação no Rio Grande do Norte. Além deste, no último dia 13 de fevereiro, um paciente de 25 anos chegou a ser isolado por quase 24 horas após relatar sintomas gripais e suposto contato com pessoas da China, onde o novo coronavírus surgiu. O caso, contudo, foi descartado após exames laboratoriais.
Ala de isolamento
A Sesap montou no Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, uma enfermaria com 25 leitos para o atendimento de possíveis casos coronavírus diagnosticados no Rio Grande do Norte. Além dele, também foi designado o Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona Norte, para atuar na retaguarda para o tratamento de possíveis doentes.
Ministro descarta restrição a viagens
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou dificultar a entrada de estrangeiros no Brasil como uma das medidas para conter o avanço do coronavírus. Ele comparou a Covid-19 a uma gripe comum e lembrou que a taxa de letalidade é relativamente baixa (próximo de 2%).
“Perguntaram-me por que não fechar [as fronteiras]. Isto não existe. Não tem eficácia nenhuma. Esta é mais uma gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas, esta tem letalidade menor e tem uma transmissibilidade similar à de determinadas gripes que a humanidade já superou”, acrescentou o ministro.
“Nosso sistema já passou por epidemias respiratórias graves, como a do H1N1, e vamos atravessar mais esta situação investindo em pesquisa e na clareza de informações”, pontuou.
Segundo o ministro, que é médico, as formas mais eficazes de o país evitar a disseminação da doença são dotar a rede de saúde nacional da capacidade de identificar e testar os casos suspeitos rapidamente, e, em caso positivo, adotar os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo ministério.
Além disso, a população deve intensificar os cuidados recomendados para qualquer tipo de gripe, como evitar aglomerações desnecessárias.
“O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto com água e sabão ao longo do dia. Este é um hábito extremamente importante, não só para evitar problemas respiratórios, mas também outras doenças”, afirmou o ministro, recomendando que as pessoas também evitem compartilhar copos e outros utensílios que possam transmitir o vírus por meio da saliva.
 Portal Nova Cruz