24/06/2021

ANTICORPOS PARA O RESTO DA VIDA CONTRA COVI-19

 


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Pessoas que se recuperam de COVID-19 leve têm células da medula óssea que podem produzir anticorpos por décadas, embora as variantes virais possam diminuir parte da proteção que oferecem.

Muitas pessoas que foram infectadas com SARS-CoV-2 provavelmente produzirão anticorpos contra o vírus durante a maior parte de suas vidas.  É o que sugerem os pesquisadores que identificaram células produtoras de anticorpos de vida longa na medula óssea de pessoas que se recuperaram do COVID-19.

O estudo fornece evidências de que a imunidade desencadeada pela infecção será extraordinariamente duradoura.  Somando-se a boa notícia, “as implicações são que as vacinas terão o mesmo efeito durável”, diz Menno van Zelm, imunologista da Monash University em Melbourne, Austrália.

Os anticorpos – proteínas que podem reconhecer e ajudar a inativar as partículas virais – são uma defesa imunológica chave.  Após uma nova infecção, as células de curta duração chamadas plasmablastos são uma das primeiras fontes de anticorpos.

Mas essas células retrocedem logo depois que um vírus é eliminado do corpo, e outras células mais duradouras produzem anticorpos: as células B de memória patrulham o sangue para reinfecção, enquanto as células plasmáticas da medula óssea se escondem nos ossos, liberando anticorpos por  décadas.

“Uma célula de plasma é a nossa história de vida, em termos dos patógenos aos quais fomos expostos”, diz Ali Ellebedy, imunologista de células B da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri, que liderou o estudo, publicado na Nature em  24 de maio.

Revista Nature

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