07/09/2014

HOSPITAIS DE NATAL ESTÃO SATURADOS


O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsern), médico Elson de Souza Miranda, admite que há saturação nos hospitais privados da capital. O médico sinaliza que a cidade tem demanda para comportar um outro hospital privado, mas os empresários do setor não sinalizam para essa possibilidade. O problema está na viabilidade econômica do negócio. “Há uma defasagem nos valores repassados pelos planos de saúde e SUS. Temos demanda para novos serviços, mas não existem planos de empresários nesse sentido”, avisa.

A respeito das reclamações de usuários, Elson afirma que o Sindsern não é procurado para registro de insatisfações. “Geralmente, os usuários reclamam das próprias operadoras de planos de saúde e, sendo assim, recorrem ao Procon”, conta.
O médico diz ainda que há vários fatores que podem influenciar no tempo de atendimento em um hospital privado. Entre as variáveis, estão a especialidade médica procurada e mesmo a liberação de procedimentos por parte das operadoras. “Se o caso é de urgência, não é porque alguém chegou primeiro, que tem de ser atendida primeiro”, diz.

Se no Sindsern não há procura dos usuários, o Procon de Natal e Procon Estadual vivem outra realidade. No entanto, em ambas instituições as reclamações contra planos de saúde não figuram entre os dez casos mais recorrentes. “Os casos que chegam aqui nem sempre geram um processo. A maioria das pessoas tem dúvidas quanto ao contrato. As pessoas não têm acesso ao documento e ficam sem entender quando um procedimento é negado. Falta informação”, diz Carlos Alberto, coordenador de informações do Procon Natal. 

As reclamações contra planos de saúde acabam no Judiciário. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) não informa o número de processos envolvendo prestadores de serviço de saúde, mas as coordenações dos Procons informam que orientam o paciente a procurar a Justiça. “Não há reclamação de demora em atendimento de urgência. O pessoal nos procura em casos de cirurgias ou medicamentos. Nesses casos, recomendamos procurar a Justiça”, diz Carlos Alberto.

Fonte: Tribuna do Norte

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